Você já parou para pensar que os continentes onde vivemos nem sempre estiveram no mesmo lugar? Pois é! Há muito, muito tempo, a Terra era bem diferente. Toda a terra emersa – todos os continentes – estavam unidos em um único e gigantesco bloco, como um superquebra-cabeça. Esse supercontinente recebeu um nome especial: **Pangeia**.
A ideia de que os continentes se movem foi proposta por um cientista chamado **Alfred Wegener**, em 1912. Ele observou que as costas da América do Sul e da África pareciam se encaixar perfeitamente, como duas peças separadas de um mesmo quebra-cabeça. Mas essa não foi a única pista que ele encontrou.
Wegener também descobriu que existiam fósseis de animais e plantas idênticos em continentes hoje separados por vastos oceanos. Um exemplo é o *Lystrosaurus*, um réptil cujos fósseis foram encontrados na América do Sul, na África e até na Austrália! Como isso seria possível se esses animais não pudessem nadar por oceanos tão grandes? A explicação mais lógica era que, no passado, essas terras eram todas ligadas.
Com o passar de milhões de anos, a Pangeia começou a se quebrar. Essa quebra, ou fragmentação, deu origem a dois grandes blocos de terra. O bloco do norte era a **Laurásia**, que deu origem à América do Norte, Europa e Ásia. O bloco do sul era a **Gondwana**, que formou a América do Sul, a África, a Austrália, a Antártida e a Índia.
Mas o que causa esse movimento lento e constante dos continentes? A resposta está no interior do nosso planeta. A camada sólida e externa da Terra, chamada de **litosfera**, não é contínua. Ela é dividida em grandes placas, como cascas de ovo rachadas. Essas **placas tectônicas** flutuam sobre uma parte do manto que é mais pastosa e quente.
Lá dentro, o material quente sobe e o material frio desce, criando um movimento circular chamado de **correntes de convecção**. É esse movimento que empurra as placas tectônicas, fazendo com que os continentes se afastem, se choquem ou deslizem uns pelos outros. Esse processo é tão lento que só percebemos seus efeitos ao longo de milhões de anos, com a formação de montanhas, vulcões e terremotos.
Essa história toda explica, por exemplo, por que a Europa e a Ásia, no mapa, aparecem como um único bloco continental, a Eurásia. E também nos ajuda a entender que o território onde hoje estão a América do Sul e a África era, no passado, uma parte da Gondwana.
A próxima vez que você olhar para um mapa-múndi, lembre-se: a Terra é um planeta vivo e em constante transformação. A aventura da Deriva Continental ainda não terminou. Os cientistas acreditam que daqui a mais 250 milhões de anos, os continentes podem se juntar novamente, formando um novo supercontinente!
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